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sábado, 16 de setembro de 2017

ROTEIRO DE ENCONTRO: A graça de poder perdoar


Sou catequista da Paróquia São José Operário em Maringá, no Paraná. Gostaria de dividir com vocês o encontro que eu e a Regina Auada, tivemos nesta semana onde refletimos o evangelho de Mateus 18, 21-35.

Nós havíamos preparado um outro tipo de encontro durante a semana. Mas alguns dias antes, uma mãe muito aflita me procurou para dividir comigo um problema. Eu me vi com necessidade de tocar o coração de um catequizando, em especial, e o tema deste evangelho seria perfeito. Então repensamos o nosso encontro sem nenhuma preocupação em cumprir o esquema planejado. Nossa única preocupação agora era acolher com amor os nossos catequizandos que muitas vezes, tão jovens, carregam tantos problemas e aflições
Esperamos eles na praça da igreja e logo tivemos ótimas experiências: conheci uma mãe que nunca tinha visto, outro pai que chegou com a filha e o cachorrinho fofo de 13 anos...e assim fomos acolhendo, conversando e nos conhecendo melhor. Na praça mesmo fizemos nossa dinâmica de acolhida. Entregamos uma pedra para cada um e demos várias tarefas que eles tiveram que realizar com a pedra na mão: brincar de bola, bater palmas, cumprimentar o amigo... Foi bem difícil e incômodo. Depois pedimos que deixassem a pedra e realizassem novamente as tarefas. Aí a brincadeira correu solta.

Em seguida, convidamos eles para subirem para a sala de espiritualidade da catequese que fica acima da igreja, em um local nunca visitado por eles. Esta sala ainda está sendo organizada e foi a nossa primeira experiência. Acharam o máximo. Nos sentamos no chão, invocamos o Espírito Santo, fizemos a leitura do evangelho e o relacionamos com a nossa dinâmica. Assim como aquela pedra, a falta de perdão nos incomoda, nos machuca e nos impede de fazermos muitas coisas. Refletimos também sobre a oração do Pai-nosso, na qual falamos "...perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido..." Que sentido tem isso, se eu não perdoar? 

Em seguida, colocamos um áudio de uma conversa entre Deus e uma criança enquanto ela reza o PAI NOSSO e reflete parte por parte da oração (AQUI) Nos propusemos a rezar de forma diferente naquela noite, sem pressa, sem "engatar no automático", refletindo cada palavra.

Depois de muitas partilhas, pedimos que eles pensassem em algo que os aflige no momento: uma mágoa, rancor, doença, problema familiar, medo... enfim, algo que realmente precisassem entregar para Jesus. Entregamos um pequeno papel e pedimos que escrevessem. E como capricharam... Estavam realmente escrevendo uma carta para seu melhor amigo. Colocamos todos os papéis dentro de um cofrinho e depositamos na igreja. Esta foi uma sugestão valiosa da nossa coordenadora Nilva Mazzer.

Após o encontro, enviei um breve relato da nossa experiência para os pais e pedi que lembrassem seus filhos do nosso combinado naquela noite: rezar o PAI NOSSO de forma diferente. Para nossa alegria, várias mães relataram que os filhos já haviam contado muitas coisas sobre o encontro (entre elas também aquela mãe aflita que me ligou). Acho que cumprimos nossa missão naquele dia.

Contribuição da catequista Silvana Chavenco Santini - Maringá PR

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