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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

DIA DE CATEQUESE: EU GOSTARIA DE SER MINHA CATEQUISTA?


De vez em quando, sempre é bom parar para fazer uma análise do que estamos fazendo e como estamos agindo. Isso para não correr o risco de nos tornarmos por demais pretensiosos “de nós mesmos”... rsrsrsr.

Então pensando em minha missão como catequista – ainda mais que é agosto, mês das vocações - eu fui me perguntar: "Eu gostaria de ter sido minha catequista ou, eu seria minha catequizanda?" A resposta me veio imediatamente: "Sim, eu seria”.

Aí, pensei mais um pouco e balancei: "Será que eu seria mesmo? Será que a catequista Ângela não é meio 'fora das normas' demais pro meu gosto?”.

Então me veio à mente os meus primeiros dias de catequista. Eu estava apavorada! Não sabia o que fazer ou dizer. Olhava aqueles rostinhos que estavam ali no primeiro ano de catequese, com a expectativa não sei do que, e pensava: "Será que sou capaz?”. 

E agora estou me imaginando lá, sentadinha na cadeira, esperando minha catequista e pensando no que quero dela.

E ela de repente me pergunta por que estou ali. E mais, se estou ali porque quero ou porque Mamãe mandou. Parece que é "ela" que quer alguma coisa de mim...

E eu fiz isso de verdade! Logo que comecei a ser catequista. E faço isso sempre que me deparo com um novo catequizando. A resposta normalmente é a mesma: "Porque quero". Uns dois ou três arriscam o "e também porque a mãe mandou". E dizer que foi  porque a mãe mandou, raramente é admitido.

Então depois que todo mundo responde eu falo: "Eu tô aqui porque Meu Pai mandou. Pronto, agora podem falar a verdade!". Isso apontando o dedo para cima, para o céu.

As crianças riem bastante quando explico “quem” é, de fato, o “Meu Pai”. E muitas acabam admitindo que estão ali mais por pressão dos pais do que por qualquer outra coisa. Aí, nós fazemos um pacto: Eu vou aprender a gostar de estar com eles e eles vão fazer a mesma coisa comigo.

E não tenho receita pronta para isso. Nestes anos todos de catequese, fui aprendendo e acho que ainda não aprendi muito. A catequese é um aprendizado constante. É uma convivência constante e um constante "amar".

E não é fácil amar. Porque o amor é incondicional. Você não ama porque o fulaninho é “comportadinho” e nunca falta, não te dá trabalho. Você tem que amar a todos: aquele que não te dá sossego, aquele que falta, aquela família que só te aborrece, enfim... TEM que amar! E essa tarefa... Ah! essa tarefa. É a mais inglória da nossa missão. Ainda tenho que aprender a amar assim, sem impor condições.

Então acho que seria minha catequizanda sim! Sou muito parecida com a minha catequista: Adoro desafios!!


Ângela Rocha - Catequista

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