De vez em quando, sempre é
bom parar para fazer uma análise do que estamos fazendo e como estamos agindo.
Isso para não correr o risco de nos tornarmos por demais pretensiosos “de nós
mesmos”... rsrsrsr.
Então pensando em minha
missão como catequista – ainda mais que é agosto, mês das vocações - eu fui me
perguntar: "Eu gostaria de ter sido
minha catequista ou, eu seria minha catequizanda?" A resposta me veio
imediatamente: "Sim, eu seria”.
Aí, pensei mais um pouco e
balancei: "Será que eu seria mesmo?
Será que a catequista Ângela não é meio 'fora das normas' demais pro meu gosto?”.
Então me veio à mente os
meus primeiros dias de catequista. Eu estava apavorada! Não sabia o que fazer
ou dizer. Olhava aqueles rostinhos que estavam ali no primeiro ano de catequese,
com a expectativa não sei do que, e pensava: "Será que sou capaz?”.
E agora estou me imaginando
lá, sentadinha na cadeira, esperando minha catequista e pensando no que quero
dela.
E ela de repente me pergunta
por que estou ali. E mais, se estou ali porque quero ou porque Mamãe mandou. Parece que é "ela" que quer alguma coisa de mim...
E eu fiz isso de verdade! Logo
que comecei a ser catequista. E faço isso sempre que me deparo com um novo
catequizando. A resposta normalmente é a mesma: "Porque quero". Uns dois ou três arriscam o "e também porque a mãe mandou". E
dizer que foi só porque a mãe
mandou, raramente é admitido.
Então depois que todo mundo
responde eu falo: "Eu tô aqui porque
Meu Pai mandou. Pronto, agora podem falar a verdade!". Isso apontando
o dedo para cima, para o céu.
As crianças riem bastante quando
explico “quem” é, de fato, o “Meu Pai”. E muitas acabam admitindo que estão ali
mais por pressão dos pais do que por qualquer outra coisa. Aí, nós fazemos um
pacto: Eu vou aprender a gostar de estar com eles e eles vão fazer a mesma
coisa comigo.
E não tenho receita pronta
para isso. Nestes anos todos de catequese, fui aprendendo e acho que ainda não
aprendi muito. A catequese é um aprendizado constante. É uma convivência
constante e um constante "amar".
E não é fácil amar. Porque o
amor é incondicional. Você não ama porque o fulaninho é “comportadinho” e nunca
falta, não te dá trabalho. Você tem que amar a todos: aquele que não te dá sossego, aquele que
falta, aquela família que só te aborrece, enfim... TEM que amar! E essa
tarefa... Ah! essa tarefa. É a mais inglória da nossa missão. Ainda tenho que
aprender a amar assim, sem impor condições.
Então acho que seria minha
catequizanda sim! Sou muito parecida com a minha catequista: Adoro desafios!!
Ângela Rocha - Catequista
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