ENCONTRO COM PAIS DE CATEQUIZANDOS
Tema: Ser Igreja, ser comunidade
Interlocutores: Pais da 1ª e 3ª Etapa da catequese de
Eucaristia. (Neste caso o encontro foi feito com a 1ª Etapa separada da 3ª. A
1ª porque os pais estão sendo inseridos na comunidade, na 3ª por ser parte do
Itinerário de conteúdos a serem abordados).
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Tempo estimado: 1 hora e 15 minutos.
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Local: Auditório do Centro de Pastoral
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Ambientação:
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À frente da assembléia, uma mesa
decorada com flores, com duas
velas e lugar para por a Bíblia;
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Uma outra mesa com uma jarra de vidro
com água e um outro recipiente de
vidro transparente, vazio. Uma velinha
flutuante e fósforo para
acendê-la;
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Na recepção, na mesa onde estiver as listas de presença para assinatura dos
pais, colocar uma cesta com pequenas
pedrinhas e entregar uma ou mais pedrinhas para cada um que chegar.
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Material:
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- Um modelo do convite enviado aos pais,
em tamanho maior (A4);
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Um cartaz grande (cartolina), com a mesma Igreja do convite, sem ter nada
escrito, mas, dentro das portinhas colar várias figuras de crianças,
famílias, pessoas, tipo um porta-retrato gigante;
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Bexigas, canetas ou canetinhas para desenhar nas bexigas.
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ROTEIRO
DO ENCONTRO
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19h30 – Abertura/acolhida
– Coordenação
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Boa noite, boas vindas...
(Se
o padre estiver presente, convidá-lo para uma palavra de acolhida a todos).
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Pedir para que todos fiquem em pé para leitura da Palavra...
(Uma
catequista faz a entrada da Bíblia e todos cantam “A Bíblia é a Palavra de Deus, semeada no meio do povo...”. A mesma
catequista ou outra faz a leitura Bíblica.)
Leitura Bíblica – Efésios 2, 19-22 – (Uma das catequistas
do 1º ou 2º ano).
"Assim,
já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois
família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo
ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; na qual todo o edifício, bem
ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós
juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito".
19h40 – O que é
ser Igreja?
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Lembrar do convitinho enviado a eles, perguntar quem recebeu e se gostaram do
convite (Mostrar o modelo maior em A4). Falar da “chamada” do convite “Venha ser Igreja!”, colocada no alto,
no lugar dos sinos que “chamam os fiéis”. Falar da mensagem do convite colocada
dentro da “portinha”... e abrindo a portinha mostrar que, com aquele texto,
todos estão ali, naquele momento, e foram “acolhidos” para estar “dentro” da nossa Igrejinha/comunidade...
Falando do que é Igreja - Nós ouvimos essa palavra em quase
todos os nossos ambientes. Muitos usam esse nome para descrever um belo
edifício construído em um determinado lugar. Outros usam o termo para falar de
uma organização religiosa. É de fundamental importância saber o que significa o
termo Igreja. Origina-se do grego e do latim:
A
palavra Igreja deriva de Eckesia, que
em grego quer dizer “assembléia”, eram assim chamadas as reuniões em Atenas, na
Grécia antiga.
Já
em latim, a palavra Eclésia significa
Igreja como lugar de reunião. Originalmente, Eclésia é “curral de
ovelhas”, lembrando aqui, que Jesus nos chamava de “suas ovelhas”, sendo Ele
nosso Pastor.
Mas,
o que é “Igreja” para nós. O que pensamos e lembramos quando alguém diz: “Vou à
Igreja”? (Incentivar a participação dos ouvintes, que alguém dê um “palpite”)
O
que nos vem a mente primeiro é a imagem do “prédio”, da construção da Igreja,
não é?
Mas,
será que Igreja é só uma edifico, um lugar onde as pessoas se reúnem? Não, ela
não é apenas uma construção com blocos, pedras e cimento, mas um edifício
construído com “pedras vivas”...
- Pedir a todos que venham colocar as pedrinhas que ganharam na
entrada, no recipiente de vidro ali na frente...
Lembrar
então, o conceito de “pedras vivas” da carta de São Pedro:
“Também
vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes
sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a
Deus por intermédio de Jesus Cristo". (1 Pedro 2, 5)
Relembrar a leitura bíblica feita no começo do encontro, destacando
os termos em negrito:
"Assim,
já não sois estrangeiros e
peregrinos, mas concidadãos dos santos,
e sois família de Deus, edificados sobre
o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; na qual todo
o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual
também vós juntamente estais sendo
edificados para habitação de Deus no Espírito". (Efésios 2, 19-22)
E
como nós podemos ser santos? Como seremos família? Como vamos nos “ligar”, unir
as pedras, para nos tornamos edifício da
habitação de Deus no Espírito?
- Despejar a água na jarra, lentamente
no recipiente com as pedras...
Agora,
com a água despejada aqui, não “ligamos” todas as pedras?
(neste momento brinquei dizendo que queria trazer argamassa ali mas
que a coordenadora não deixou... )
E
o que vem a ser essa “água”? (Incentivar a participação
dos ouvintes, perguntando a eles...)
Esta
água simboliza o nosso “batismo”, nosso “renascimento”. A água nos torna
cristãos, nos torna Igreja, nos torna “edifício da habitação do Senhor”. Mas
ainda falta uma coisa...
-Colocar a vela flutuante acesa no recipiente com as pedrinhas e a
água...
Falta
nesta nossa construção o fogo do “Espírito Santo”, que nos dá força, luz,
energia!
Esse
edifício é chamado a atingir uma finalidade, isto é, ser santo, viver em
comunhão e oferecer sacrifícios agradáveis a Deus.
- Lembrar que a água do batismo é o que une as “pedras”, que nos faz
parte de um “corpo”.
Portanto,
a Igreja é um corpo, nela não há
separação, se existe divisão é porque ainda não aprendemos a ser Igreja. O
corpo é formado por vários membros, a Igreja é formada e representada por muitas pessoas e a esse conjunto de pessoas
chamamos de comunidade. Seremos Igreja quando formos comunidade chamada a sair e anunciar a Palavra. Isso se faz com
humildade e com a intenção de agradar a Deus.
Não
estamos falando do edifício em si, mas estamos falando da criação de um “corpo”
no Bairro Shangri-lá de Londrina (colocar o nome do bairro e cidade), com pessoas diferentes
e um objetivo comum: Santificar, ensinar e disseminar o Projeto de Jesus Cristo.
Hoje
em dia, os desafios são bem mais acentuados quando da criação da paróquia há
tantos anos atrás (se souber, citar). O mundo
secularizado e pluralista oferece às pessoas não só uma autonomia, mas também
muitos valores que nada tem a ver com a ética cristã, dando à sociedade um
prazer imediato e a ilusão de ter alcançado os seus objetivos saciando seus
desejos meramente materiais. Ninguém mais parece preocupado em ser “Igreja”,
comunidade de pessoas unidas em prol do bem comum. E alguns, que estão na
Igreja no momento das celebrações, parecem ter esquecido que não basta só estar lá rezando por si
mesmo... É preciso sair da celebração da missa, transformando ela em “missão”,
em projeto, em “fazer” pelo bem da comunidade.
E
o que é comunidade? Comunidade é ter algo em “comum”, é “partilhar” o pão,
repartir aquilo que temos. Igreja que não é comunidade, é apenas um prédio de
tijolos...
A
Igreja, na pessoa de nossos líderes, o Papa, os bispos, nossos padres... têm
insistido em uma nova evangelização,
cujo foco central é a pessoa de Jesus Cristo: caminho, verdade e vida. É isso
que a Igreja deseja realizar com a ajuda de
seus batizados. Os desafios de hoje são imensos no campo da evangelização,
mas a nossa esperança é maior ainda e, por isso, podemos sonhar com uma
sociedade que expressa uma fé madura, levando-a a um comprometimento com a
Igreja. Mas tudo depende de nossas ações. A Igreja é o nosso próprio retrato....
Querem ver?
- Mostrar o cartaz da Igreja como “porta-retrato”... Abrir as
portinhas e mostrar o rosto das pessoas, que somos nós mesmos...
- Convidar a equipe do dízimo para expor as razões e necessidades da
Igreja, incentivando os pais a partilhar...
20h10 – Dízimo – Equipe do Dízimo
20h20 – Avisos e
recomendações –
Coordenação
-
Fala sobre “comprometimento”, sobre sermos uma pequena “comunidade”, a
catequese, dentro de uma comunidade maior que é a paróquia. Que os pais se
comprometam realmente com a catequese dos filhos.
-
Avisos e assuntos pontuais da catequese.
20h30 – Dinâmica: “Onde
está meu filho?”
-
Interessante chamar os pais para um salão onde tenha um espaço vazio. Se não
houver tempo, realizar pelo menos a primeira parte da dinâmica.
-
Pequena reflexão – usar o “gancho” da brincadeira e apresentar cada uma das
catequistas aos pais... elas dirão seus nomes, dia e horário da catequese e o
primeiro nome de seus catequizandos.
- Benção de despedida.
-
Pedir que fiquem, dois a dois, um de frente para o outro: Lembrar da sua
crisma, da imposição das mãos pelo bispo onde ele, com este gesto, pediu a
proteção de Deus e lhe infundiu o Espírito Santo. Lembrar do quanto é
importante pedirmos a bênção aos nossos pais, avós... abençoarmos nossos
filhos, afilhados, sobrinhos. Convidar os pais a “resgatar” este bonito gesto
da nossa Igreja.
-
Então, primeiro um depois o outro fará a seguinte bênção: coloca as duas mãos
sobre a cabeça do outro e diz: “Deus te
abençoe e te guarde...” em seguida abraça o outro, primeiro de um lado
dizendo: “Te dê muita paz”... e
depois do outro: “Te dê muito amor...
Amém”.
-
Convidar a todos para, de mãos dadas, rezar o Pai- Nosso.
20h45 – Reunião com
catequista da turma
-
Convidar os pais a acompanhar as suas catequistas às salas.
20h30 – Encerramento/término
Despedida
feita pelos próprios catequistas de cada turma/sala.
AVALIAÇÃO
DO ENCONTRO:
Tivemos
a participação de cerca de 30% dos pais. Não há, ainda, uma conscientização de
que os mesmos “precisam” também de catequese.
Um
aspecto negativo é que, por causa da chuva, tivemos que esperar um pouco pra
começar. Começamos com 20 minutos de atraso.
Este
encontro precisa, pelo menos de 1 hora e meia para ser desenvolvido a contento.
O tempo ficou meio “apertado”.
No
entanto, os pais que estiveram no encontro mostraram-se bem interessados no
desenrolar do roteiro. Eles ainda são um pouco tímidos para se manifestar, mas
brinquei bastante com eles durante a minha fala. E deu pra perceber que
eles estavam a vontade.
Na
hora da dinâmica dos balões eles amaram a brincadeira... Mostraram-se tão
preocupados em “cuidar” dos seus filhos, que poucos os perderam de vista.
Gostaram
também da bênção que fizemos no final.
Perguntei
às catequistas, eram seis, o que sentiram do encontro e como foi a reunião com
os pais na sala. Elas disseram que os pais gostaram do encontro e que também
gostaram de conversar com a catequista de seu filho as questões individuais de
cada um.
Penso
que precisamos nos reunir mais. Dar mais oportunidades de participação aos
pais, encontros mais freqüentes e “leves”, sem muita “falação”, “cobrança.
Colocando assuntos que os interesse e motive. No segundo semestre, fazer
encontros a cada dois meses, assim, pais que faltem em um, podem vir a outro.
Ângela Rocha - Catequista
MODELO DE CONVITE
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