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domingo, 2 de agosto de 2015

DIA DE CATEQUESE: SUA BÊNÇÃO, TIA?

Ontem, no encontro de catequese, fiquei emocionada. 

Não pelo encontro em si. Na verdade, ele foi desgastante. Tentei falar do Espírito Santo para as crianças mas, dez anos é uma idade em que eles não estão prontos ainda para algo tão abstrato. Falei sobre deixar-se guiar pelo Espírito Santo e fazer o bem. O máximo que consegui foi fazer com que eles lembrassem dos desenhos animados onde, quando alguém se sente tentado a fazer algo errado, sempre aparece um anjinho numa orelha e um capetinha da outra: O anjinho puxando para o bem, o capetinha tentando desmoralizar o anjinho.

Mas, enfim, o que me deixou emocionada foi que ao final, a Fernandinha, uma de minhas catequizandas foi se despedir de mim,  juntou as mãos, me estendeu e disse: "Sua benção, Tia?". Nossa! Quase chorei! Este é um gesto que não se vê mais hoje em dia. É algo que eu fazia com meus avós com minha mãe antes  de me casar e ter meus filhos! Peguei as mãozinhas juntas, apertei e lhe dei um grande abraço: "Deus te abençoe, Fernanda!".

Penso que esta é a confirmação de todo empenho que venho fazendo para me tornar mais próxima das crianças e de suas vidas. Desde o primeiro dia da catequese peço às crianças para me chamar de "Tia" ou de Ângela, o que me parece mais carinhoso do  que "Catequista” e bem mais preferível do que o "Prof", ou "Professora". E tenho pedido também que, quando forem a missa, me procurem para me dar um "oi" e um um abraço. 

Aqui infelizmente usa-se um cartãozinho para a criança pegar comprovando que foi a missa (abominável pra mim!). E observo que isso vêm acontecendo. Já falei que cartãozinho como "comprovante de missa" pra mim não vale. É “oi” mesmo, é o beijo, é abraço. No princípio eles vinham por obrigação, mas agora percebo que eles vêm me cumprimentar com um grande sorriso. E a despedida na catequese também tem sido diferente. Sempre fico arrumando a sala depois, e as meninas já vem me ajudando a ajeitar as cadeiras, recolher a toalha e alguns até me pedem desculpa por ter que ir e não poder me ajudar.

Abençoados sejam estes meu catequizandos!

Ângela Rocha
Catequista

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