Gosto de contar histórias...
Cheguei já a escrever um livro sobre elas... rsrsrs...
Durante três anos descrevi todas as minhas
"quartas-feiras" de catequese...
E algumas quintas também, quando tive duas turmas de 3º ano...
Mas, sou contra esse negócio de duas turmas e 30 crianças, viu?
Naquela época eu era mais jovem e me achava "invencível"... rsrsrsr...
E algumas quintas também, quando tive duas turmas de 3º ano...
Mas, sou contra esse negócio de duas turmas e 30 crianças, viu?
Naquela época eu era mais jovem e me achava "invencível"... rsrsrsr...
Mas, vamos voltar a uma quarta-feira de setembro de 2009, porque
era...
DIA DE CATEQUESE!!!
Minha
quarta-feira de catequese foi ótima, fizemos uma Celebração Catequética na
Igreja, muito legal. Com oração, velas acesas... Muito espiritual mesmo! Depois
revelamos nosso amigo secreto da oração. Aquele gesto onde você faz um amigo
secreto e quem você pegou é objeto das suas orações durante a semana. Pedi que
cada criança escrevesse uma mensagem pro amigo e contasse como foi a oração.
As crianças são maravilhosas mesmo. Teve amigo que chegou a
colocar intenção na missa, teve amigo que rezou junto com os pais, teve amigo
que esqueceu, teve amigo que trouxe até um bombom. Tivemos mensagens e
bilhetinhos escritos a mão com palavras simples e ao mesmo tempo lindas. E
tivemos amigos que não fizeram mensagem nenhuma. Mas o fato é que valeu porque
as crianças estão se conhecendo mais, na hora da revelação, para que pudéssemos
adivinhar quem era, eles tinham que dizer características do amigo e pude
observar que saíram muitas coisas que não falavam só das características
físicas, mas como cada um é e se comporta.
Mas, minha quinta-feira, já não foi tão tranquila assim. Uma verdadeira provação (rsrsrsrs): Trinta e oito crianças! Metade
com onze anos e metade com nove. Tive que juntar duas turmas, a minha da 3ª etapa e a da 1ª, porque uma catequista precisou faltar.
E dois anos de diferença nesta fase, fazem uma diferença enorme. Como fazer um encontro com conteúdo para as duas fases? Coerente e
interessante?
No
salão paroquial arrumei o ambiente como se fosse para uma palestra. Na frente,
uma grande Bíblia em destaque com uma grande vela acesa. Comecei falando um
pouquinho da história. Como a Bíblia foi construída ao longo do tempo por
tantas pessoas, as várias línguas, os vários escritores.
E finalmente, como a gente deve interpretar a Palavra. Neste momento surgiram
várias questões levantadas pelas crianças. Como o fato da serpente falar, o mar
se abrir e outras coisinhas mais...
Isso não é nada fácil de explicar para crianças... Dizer a eles
que muitas coisas são em sentido figurado?
“E o que é figurado, Tia?
Então pedi a eles que fizessem um grande exercício de
imaginação.
Viajamos todos lá para os tempos dos patriarcas. Três mil anos atrás...
Aí fomos contar a Moisés, a Abraão, a Isaac, Davi... como são as coisas por aqui no século 21...
Viajamos todos lá para os tempos dos patriarcas. Três mil anos atrás...
Aí fomos contar a Moisés, a Abraão, a Isaac, Davi... como são as coisas por aqui no século 21...
... que no nosso tempo existe uma pequena caixinha que a gente
leva para todo lugar, chamada celular, que basta apertar umas teclinhas e a
gente fala com quem quiser em qualquer lugar, dá para fotografar também
(fotografar? O que é isso?) a gente consegue ouvir música... "Dá pra guardar
a música numa caixa?” Pergunta Davi (Ele adora música!).
Temos uma outra caixa grande em casa onde a gente vê imagens de
outros lugares e tempos. Temos veículos que não precisam de cavalos ou outros
animais puxando para andar...
O que diriam os patriarcas? "Vocês ão todos loucos!!"
Assim pude situar as crianças no tempo, nos costumes e na
maneira com que nos comunicamos nas diversas fases da evolução do homem.
Contei a eles a história de Moisés, com a filha do faraó falando gíria e tudo.
Depois lemos a passagem onde ele fala com Deus e pergunta seu nome... (minha passagem preferida). EU SOU O QUE SOU! Que nome lindoooo!
Contei a eles a história de Moisés, com a filha do faraó falando gíria e tudo.
Depois lemos a passagem onde ele fala com Deus e pergunta seu nome... (minha passagem preferida). EU SOU O QUE SOU! Que nome lindoooo!
E falamos de Jesus, do Bom Pastor e das Ovelhas. Por isso
contamos carneirinhos para dormir, para afastar o medo e lembrar do nosso pastor.
Como era quando Jesus era criança? Era um menino normal... Como
nós somos.
Ah, mas uma vez ele foi com Maria e José numa peregrinação a
Aparecida e, na hora de vir embora, todo mundo no ônibus de excursão... E, cadê
Jesus? Nada dele...
Todo mundo procurando, procurando e lá estava ele contando para
o Bispo de Aparecida como deveriam ser as coisas...
Bom, consegui fazer com que 38 crianças permanecessem de olhos
vidrados, fazendo perguntas interessados, durante uma hora e meia.
Ufa! Acho que, (apesar de ter ficado com os cabelos em pé) o Senhor lá em cima, deve ter dado uma ajudazinha...
Ufa! Acho que, (apesar de ter ficado com os cabelos em pé) o Senhor lá em cima, deve ter dado uma ajudazinha...
"Jesus, Maria e José em Aparecida! Era só o que faltava...
Essa catequista é doida!"
Ângela Rocha - Catequista Amadora
(2009).
(2009).
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