A prática de se rezar o Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra
dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam
os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler,
aprenderam a rezar 150 Pai nossos. No século XI, se formaram
outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a
Jesus e 150 louvores em honra a Maria.
No
ano 1365 fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as
150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de
cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a
meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu
o Rosário de quinze mistérios.
O Dominicano
Alan de la Roche propagou a recitação do rosário no século XV.
O
terço Católico, composto de contas agrupadas em cinco dezenas,
intercaladas com a oração do Pai-Nosso e do Glória ao Pai, é uma parte do Rosário, que compreende os mistérios
gozosos, dolorosos e gloriosos. O Papa João Paulo II,
por meio da Carta Apostólica Rosarium
Virginis Mariae,
de 16 de outubro de 2002, sugeriu uma nova série de mistérios, os
chamados mistérios luminosos. Essa nova série de mistérios
disponíveis para contemplação não alterou o formato do Rosário,
que continua sendo de 150 Ave Marias, ou três Terços de 50 Ave
Marias com os 3 mistérios: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos.
Diminutivo
da palavra “chapel”, o terço (Chapelet em francês), significa
uma coroa de metal e de flores. A palavra “rosário” surgiu do
amor cortês. O rosarium, que significa um campo de rosas, designava
uma compilação de poemas que um cavaleiro dedicava à sua dama.
Saudar a Virgem Maria com as Ave-Marias significa oferecer-lhe rosas,
meditando o Evangelho com a Santa Mãe de Deus.
Fontes:
- O
Segredo do Rosário, São Luís Maria Grignion de Montfort;
- O Santo Rosário da Santa Sé;
- Encíclica Magnae Dei Matris do papa Leão XIII sobre o Rosário;
- Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, do Papa João Paulo II.
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