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terça-feira, 4 de agosto de 2015

DIA DE CATEQUESE: É PRECISO SABER VIVER...


O dia de hoje começa um tanto nebuloso: O sol lá fora brilha com toda força, mas vivemos uma expectativa de mudança que deixa a gente meio ansioso. Mas, deixemos isso de lado por enquanto. Quero falar do meu encontro de catequese. E para falar dele preciso colocar aqui a passagem bíblica que lemos ontem:

"Hoje estou deixando que vocês escolham entre o bem e o mal, entre a vida e a morte. Se vocês obedecerem aos mandamentos do SENHOR, nosso Deus, que hoje estou dando a vocês, e o amarem, e andarem no caminho que ele mostra, e cumprirem todas as suas leis e todos os seus mandamentos, vocês viverão muito tempo na terra que vão tomar e vai ser de vocês. E Deus lhes abençoará e lhes dará muitos descendentes. Porém eu lhes afirmo hoje mesmo que, se abandonarem a Deus e não quiserem obedecer e se caírem na tentação de adorar e servir outros deuses, nesse caso vocês serão completamente destruídos e não viverão muito tempo na terra que estão para possuir no outro lado do Rio Jordão. Neste dia chamo os céus e a terra como testemunhas contra vocês. Eu lhes dou a oportunidade de escolher entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição. Escolham a vida para que vocês e os seus descendentes vivam muitos anos. Amem o SENHOR nosso Deus, obedeçam ao que ele manda e fiquem ligados com Ele. Assim vocês continuarão a viver e viverão muitos anos na terra que o SENHOR  Deus jurou que daria aos nossos antepassados Abraão, Isaque e Jacó."  
(Deuteronômio 30, 15-20)

Toalha branca na mesa, uma faixa de tecido verde por cima (para lembrar sempre o tempo litúrgico). A Cruz de Jesus, a vela, a Bíblia e um grande coração vermelho feito de papel cartão. Na parede um painel feito de cartolina dividido ao meio. De um lado a palavra PERTO e de outro a palavra LONGE. Esse era o nosso ambiente.

As crianças foram chegando e perguntando: O que será que vai ter hoje? Por que esse coração? 

Sempre coloco as cadeiras em círculo em frente a nossa mesa e sempre faço parte do círculo. Enquanto nos ajeitávamos fomos conversando e a Fernanda e o Rodrigo me deram a "deixa" para começar o encontro. As crianças haviam me dito que eles não viriam porque iam com a mãe ao Shopping em Londrina. Eu cumprimentei os dois e disse-lhes que estava feliz porque eles vieram ao encontro e não viajaram. Então eles me contaram que Rodrigo lembrou do encontro e então Fernanda pediu a mãe para ficar.

E ali começamos a falar de "escolhas". Vir ao encontro foi uma escolha. Os meninos começaram a tirar uma "casquinha" do Rodrigo: "Não acredito que você preferiu vir à catequese, Rodrigo!" (Rodrigo é mais velho que as outras crianças, vai fazer 13 anos em setembro). E Rodrigo respondeu: "Eu amo a catequese!" Não sei bem se aquilo era deboche ou verdade...  As crianças falam sempre rindo. Mas "escolhi" tomar aquilo como verdade.

Então contei a eles que estava meio chateada e que tive uma grande vontade de nem estar lá, mas escolhi ir e ficar com eles. Engraçado que, ao que os adultos imediatamente procuram a causa, as crianças aceitam e consolam, sem querer saber o “porque” das nossas mazelas.

E ontem pela primeira vez, consegui que eles todos fechassem os olhos e ficassem, em silêncio absoluto por UM minuto, pensando e refletindo sobre uma determinada escolha que os fez feliz ou triste em algum momento da vida. E rezamos o Pai Nosso do fundo do nosso coração. Pedi a eles que imaginassem o coração de Deus do tamanho daquele coração que estava ali (mais ou menos o tamanho de uma cartolina), e que nele cabem todas as nossas orações e pedidos. E que fizéssemos nosso coração daquele tamanho também.

Fizemos então um círculo em frente às cadeiras e peguei um bonito cartaz com a imagem de Nossa Senhora com Jesus no colo. Primeiro passamos de mão em mão olhando bem. Quando chegou em mim novamente, rasguei um pedaço e todo mundo se assustou. Fui passando a cada um e pedindo que cada um tirasse um pedaço. Dividimos os cartaz em onze pedaços. E eu perguntei se alguém tinha ficado com pena de rasgar a bonita imagem de Maria. Todos disseram que sim. Aí expliquei que aquilo era apenas um pedaço de papel, Maria é muito maior, mas que muitas vezes fazemos isso com a nossa vida: Fazemos escolhas impensadas. Então dei-lhes uma fita crepe e pedi que refizessem o cartaz, como se fosse um quebra cabeça. Depois de pronto, grudamos o cartaz na parede e perguntei-lhes se o cartaz tinha ficado igual. Claro que não. Aí começamos a refletir sobre as consequências dos nossos atos para nossa vida. Como as coisas que fazemos, quando erradas, marcam nossas vidas e das pessoas a nossa volta.

Em nossa Bíblia, li pausadamente o texto bíblico (usando a Bíblia na linguagem de hoje, editada pelas Paulinas), Deuteronômio 30, 15-20. E o que é que vamos escolher? A vida ou a morte? E citamos diversos exemplos de vida e de morte:
- A vida é a felicidade, a família, Deus, o bem, o sorriso, as plantas, as crianças, os pássaros.
- A morte são as drogas, a desobediência, a bebida, o mal, a violência, a miséria, a fome.

E nas diversas revistas que levei, eles recortaram imagens que nos levam para PERTO e para LONGE de Deus, completando nosso painel. Depois de, 'recorta isso", "recorta aquilo", "cola aqui", "cola ali"...  analisamos nosso feito. E refletimos sobre: assistir TV demais e não fazer o dever de casa e pagar "mico" lá com a professora; ficar na internet e esquecer que a mãe pediu pra arrumar o quarto, levar uma baita bronca e perder a confiança dela; comer salgadinho e beber refrigerante demais e depois ficar igual aos personagens do filme Wall-E e mal conseguir levantar da cadeira...

E por fim distribuí a todos a letra da música "É preciso saber viver". E cantamos a plenos pulmões. Repetimos a música umas três vezes. E no final gritamos o refrão e rimos muito... Então depois de limparmos nossa bagunça, pedimos ao Santo Anjo que nos iluminasse. E o Emanuel disse pra mim: "Tia, como é que a catequese passou tão rápido hoje?" 

Muito simples: a gente tem que saber viver!

É Preciso Saber Viver
(Titãs - Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos)

Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver
Toda pedra do caminho
Você pode retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver, saber viver!



Ângela Rocha - Catequistas em Formação

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom, maravilhoso.