O encontro de Jesus com a
Samaritana é uma catequese grandiosa sobre a Nova e Eterna Aliança que Deus
sela conosco pelo Dom do Espírito Santo, na Ressurreição de Jesus. A Samaritana
é figura simbólica de Israel, e Jesus encontra-a “junto ao poço”… Encontrar
“junto ao poço” é o símbolo bíblico mais antigo para falar do desposório, da
Aliança. Sempre que alguém se encontra “junto ao poço”, na bíblia, casa-se!
Assim é também aqui…
Em Jesus, o Cristo, Deus
encontra de novo o Seu Povo “junto ao poço”, desposa-o de novo e para sempre
numa Aliança que não mais acabará. A infidelidade está revelada na linguagem dos
“maridos”… Os cinco são exatamente os cinco grandes impérios sob os quais
Israel tinha estado oprimida até então, “e o que tens agora também não é teu”
(o império romano).
O Dom do Espírito, por
Jesus, é um Dom de Libertação do nosso Deus, cura das nossas infidelidades,
perdão das nossas idolatrias, libertação das nossas submissões. Por isso a
mulher pode “deixar o cântaro para trás” e renascida da Água Viva do Poço da
Aliança correr a dar testemunho.
O testemunho que dá é o do
encontro surpreendente com Jesus que se vai conhecendo progressivamente. Começa
por chamá-lo “Tu, judeu”… Depois, “Vejo que és um Profeta”… Depois ainda, “Não
será ele o Messias?!” Por fim, todos ao encontrarem Jesus pelo intermédio do
testemunho da mulher exclama: “É o Salvador do Mundo!”
É sempre uma história de
amizade e revelação o que iniciamos quando nos aproximamos também do Poço da
Aliança, da Fonte da Água Viva do Espírito Santo que é Jesus. Deus está
permanentemente disposto a renovar todas estas experiências conosco. SEMPRE! Que esta “quarentena” que temos
o privilégio de viver nos encontre mais disponíveis a este “encontro junto ao
poço”, a este diálogo de Jesus conosco, do que a outras “preocupações
quaresmais” que a nossa vida já nos provou, ano após ano, não mudarem
rigorosamente nada dentro de nós…
Porque a mudança acontece
quando podemos proclamar como aquela mulher: “Encontrei-o! Conheceu-me!
Disse-me tudo o que eu fiz! E sem me julgar, amou-me assim.”
Pe. Rui Santiago
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