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sábado, 3 de novembro de 2018

HOMILIA DO DOMINGO: A COMUNHÃO DOS SANTOS


HOMILIA: SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
Atualmente pouco se ouve falar na “comunhão dos santos”. Além disso, muitos fiéis talvez tenham uma ideia muito restrita a respeito de quem são os santos. Nas suas cartas, Paulo chama os fiéis em geral de “santos”. Todos os que pertencem a Cristo e seu Reino constituem uma comunidade viva e real, a “Comunhão dos Santos”.
As bem-aventuranças (evangelho) proclamam a chegada do Reino de Deus e, por isso, a boa ventura daqueles que “combinam com ele”. Assim, caracterizam a comunidade dos “santos”, os “filhos do Reino”, e proclamando a sua felicidade e salvação. Jesus felicita os “pobres de Deus”, os que confiam mais em Deus do que na prepotência, os que produzem paz, os que vêem o mundo com a clareza de um coração puro etc. Sobretudo os que sofrem por causa do Reino, pois sua recompensa é a comunhão no “céu”, isto é, em Deus. Dedicando sua vida à causa de Deus, eles “são dele”. É o que diz S. João (2ª leitura): já somos filhos de Deus, e nem imaginamos o que seremos! Mas uma coisa sabemos: seremos semelhantes a ele, realizaremos a vocação de nossa criação (Gn 1,26). O amor de Deus tomará totalmente conta de nosso ser, ao ponto de nos tornar iguais a ele.

A santidade não é o destino de uns poucos, mas de uma imensa multidão (1ª leitura): todos aqueles que, de alguma maneira, até sem o saber, aderiram e aderirão à causa de Cristo e do Reino: a comunhão ou comunidade dos santos.
Ser santo significa ser de Deus. Não é preciso ser anjo para isso. Santidade não é angelismo. Significa um cristianismo libertado e esperançoso, acolhedor para com todos os que “procuram Deus com um coração sincero” (Oração Eucarística IV). Mas significa também um cristianismo exigente. Devemos viver mais expressamente a santidade de nossas comunidades (a nossa pertença a Deus e a Jesus), por uma prática da caridade digna dos santos e por uma vida espiritual sólida e permanente.
Sobretudo: santidade não é beatice, não é medo de viver. É uma atitude dinâmica, uma busca de pertencer mais a Deus e assemelhar-se sempre mais a Cristo. Não exige boa aparência!
Desprezar os pobres é desprezar os santos! Mas exige disponibilidade para se deixar atrair por Cristo e entrar na solidariedade dos fiéis de todos os tempos, santificados e unidos por ele.
Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
Fonte: franciscanos.org

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