Celebração de preparação próxima ao sacramento da Confirmação
PREPARAÇÃO:
Material Necessário: Bíblia, velas para cada participante e um menorá ou Círio Pascal. A
sala onde se realiza a celebração precisa escurecer completamente. No centro da
sala ou um lugar de destaque, coloca-se o menorá ou o Círio. (Ideal que se faça
a noite na Igreja)
Para a leitura e
comentário, definir um Comentarista,
Leitor 1 e Leitor 2.
Introdução: (Em sala separada): divide-se o grupo em 7 pequenos grupos. Cada grupo
corresponde a um dia da Criação. Cada participante, identificando-se com um
determinado dia da Criação, tentará vivenciar ao máximo, a “Sua” criação, o seu
nascimento e aparecimento no mundo e no universo. Por exemplo, se no primeiro
dia Deus criou a terra, os participantes do grupo 01 procurarão fazer parte da
maravilha que é ser Céu ou Terra, etc. Do mesmo modo quando for lido o texto do
Anti-Gênesis. O dia da criação representarão os dias de nossa história.
Ambientação: A sala deverá estar escura e acessa somente a vela central do menorá
(ou Círio), as outras velas vão se acendendo (ou apagando) conforme a leitura
do Gênesis ou Anti-Gênesis. Cada participante deverá estar já na sala com uma
vela na mão (apagada) e ciente do número do dia.
Comentarista: Iniciemos
nossa celebração, manifestando que Deus é comunidade e nos reúne em nome do Pai, do Filho e Do Espírito Santo.
Cada um de nós
representa um dia da Criação. Mergulhemos nesta maravilhosa realidade de sermos
criados no amor de Deus. Á medida em que forem lidos os dias da criação, as
pessoas do Nº do dia mencionado se aproximam do Círio acesso e ascenderão as
velas, em sinal de presença do amor e da luz de Deus em sua vida.
Leitor 01: Gn 1,1 a 2,4
Leitura pausada, devagar, fazendo uma parada
depois de cada dia da criação, permitindo que as pessoas ascendam as suas velas.
Leitura do Livro de Gênesis:
2 A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre
a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas. 3
Disse Deus: haja luz. E houve luz. 4 Viu Deus que a luz era boa; e fez
separação entre a luz e as trevas. 5 E Deus chamou à luz dia, e às trevas
noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
(Acende a 1ª vela).
Mantra: Ó luz
do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!
6 E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas,
e haja separação entre águas e águas. 7 Fez, pois, Deus o firmamento, e separou
as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do
firmamento. E assim foi. 8 Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde e a
manhã, o dia segundo.
(Acende a 2ª vela).
Mantra: Ó luz
do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!
9 E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que
estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi. 10 Chamou Deus ao
elemento seco terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era
bom. 11 E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que deem semente, e árvores
frutíferas que, segundo as suas espécies, deem fruto que tenha em si a sua
semente, sobre a terra. E assim foi. 12 A terra, pois, produziu relva, ervas
que davam semente segundo as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha
em si a sua semente, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 13
E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
(Acende a 3ª vela).
Mantra: Ó luz
do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!
14 E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu,
para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para
estações, e para dias e anos; 15 e sirvam de luminares no firmamento do
céu, para alumiar a terra. E assim foi. 16 Deus, pois, fez os dois grandes
luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar
a noite; fez também as estrelas. 17 E Deus os pôs no firmamento do céu para
alumiar a terra, 18 para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre
a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 19 E foi a tarde e a
manhã, o dia quarto.
(Acende a 4ª vela).
Mantra: Ó luz
do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!
20 E disse Deus: Produzam as águas cardumes de seres
viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do céu. 21 Criou, pois,
Deus os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se arrastavam, os
quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave
que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
22 Então Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a
terra. 23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
(Acende a 5ª vela).
Mantra: Ó luz
do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!
24 E disse Deus: Produza a terra seres viventes
segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis, e animais selvagens
segundo as suas espécies. E assim foi. 25 Deus, pois, fez os animais selvagens
segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e
todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era
bom. 26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os
animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta
sobre a terra.
27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 Então Deus os abençoou e lhes disse:
Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os
peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam
sobre a terra. 29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que
produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como
todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento. 30
E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que
se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E
assim foi.31 E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a
tarde e a manhã, o dia sexto.
Mantra: Ó luz
do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!
(Acende a 6ª vela).
2 Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra
que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. 3 Abençoou Deus
o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que
criara e fizera. 4 Eis as origens dos céus e da terra, quando foram criados. No
dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus.
(Acende a última
vela).
Mantra: Por
nós fez maravilhas, louvemos ao Senhor!
(Depois da Leitura, quando todos já tiverem com as
suas velas acesas, pedir aos participantes que partilhem o que significou, para
eles o dia da Criação que vivenciaram.)
Rito da Escuridão:
Comentarista: O
amor de Deus, na criação, é podado e sufocado pelo egoísmo do Homem. É a
história do pecado na história dos homens e na nossa história. Vamos agora
representar a participação de cada pessoa, na ruptura com o plano de Deus, do
mesmo modo que representamos o dia da Criação. Agora tentaremos vivenciar um
dia da destruição. Mergulhemos nesta realidade de pecado que destrói e sufoca o
amor de Deus. A medida em que forem lidos os dias do anti gênesis, as pessoas
do nº do dia mencionado apagarão as suas velas, em sinal de ruptura com Deus e
com os outros homens. Serão as trevas do egoísmo entrando na nossa história e
na nossa vida.
Leitura do Texto do Anti-Gênesis;
Leitor 2: O
amor de Deus na criação é sufocado por nosso egoísmo. Neste momento, vamos
refletir a participação de cada um de nós na ruptura com o plano de Deus. Vamos
mergulhar nesta realidade de pecado que destrói e sufoca o amor de Deus,
fazendo as trevas do egoísmo entrar em nossas famílias, em nossa vida.
Perto do Fim dos
tempos, o homem quis viver só, longe do Deus que o criou. Assumiu-se como
absoluto e senhor de toda a terra. A terra era bela e fértil, a luz brilhava
nas montanhas e nos mares. A terra estava cheia de vida, o azul do céu
resplandecia e o ar era puro. Disse então o homem: Dividamos então o céu e a
terra... que alguns homens possuam todo o poder sobre o céu e outros sobre a
terra. Que a ganância de possuir mais dê origem a discórdia e lutas
fratricidas, e assim o sangue humano seja derramado sobre a terra. E assim
foi. Foi a Primeira Noite antes
do Fim. (O grupo do 1º dia
apaga as velas).
Mantra:
Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...
O Homem disse:
Tomemos o céu que ele seja cinzento, cheio de fumaças e gases venenosos e que o
ar seja poluído. Lancemos nele foguetes, aviões, “Scuds” e bombas
“inteligentes”. E assim se fez. O homem achou que assim era melhor. As pessoas
começam a levar mascaras anti-gases. Foi
a Segunda Noite, antes do fim. (O
grupo do 2º dia apaga as luzes, ou seja, velas).
Mantra:
Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...
O Homem Disse: Que
as águas sobre a face da terra se encham de navios de produtos químicos e de
lixo das cidades. Que naveguem, nas águas, no fundo dos oceanos, submarinhos
atômicos, capazes de poluir e destruir povos sobre a terra. E o homem afirmou:
Acabamos com o verde das florestas. Coloquemos no seu lugar plantas que deem
mais lucro, prédios que acumulem riquezas e asfalto, para que não nasçam mais
plantas. E assim se fez. Os homens ficaram encantados com o “avanço”
conquistado. Foi a Terceira Noite
antes do Fim. (O grupo do
3º dia apaga suas velas).
Mantra:
Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...
O Homem Disse: Não
nos importemos mais com o sol, com as estrelas e que a Luz perca o seu encanto.
Façamos nós mesmos os nossos luzeiros, e que sejam coloridos, para que brilhem
nas noites de nossas cidades. E que as bombas sejam lançadas ao céu, para fazer
o mesmo clarão das noites de tempestade. E assim se fez. O homem abafou o
encanto da lua e das estrelas e, no seu lugar, colocou satélites espiões. O
homem viu tudo o que tinha feito e ficou orgulhoso de sua façanha. Foi a Quarta noite antes do Fim. (O Grupo do 4º dia apaga sua vela).
Mantra:
Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...
O Homem disse:
Tomemos todos os peixes das águas e os animais das florestas. Que a pesca seja
permitida em todos os tempos, por esporte, necessidade ou crueldade. Joguemos
petróleo e veneno no mar, para que assim os peixes morram envenenados e as
praias fiquem malcheirosas e poluídas. E disse ainda mais: criemos um esporte
entre os homens, para que possamos matar as aves do céu, e que seja o vencedor
aquele que mais aves conseguir matar ou abater. E assim se fez. O homem viu que
assim era melhor. Foi a Quinta
Noite Antes do Fim. (O Grupo do
5º dia apaga sua vela).
Mantra:
Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...
Disse o Homem:
cacemos à vontade, os animais da floresta, façamos tapetes, calçados e roupas
com a sua pele. E aqueles que ainda sobrarem, serão trancados, domesticados,
sirvam de lazer e experiências de laboratório. E por fim gritou sem pudor:
façamos um grande Deus a nossa e semelhança. Que ele abençoe tudo o que nós
fizemos, esteja a serviço de nossas ideologias e projetos, sirva de acomodação
para homens, tomando várias formas na vida das pessoas. Que cada um possua seu
próprio deus, seja o deus do lucro e da ganância, da técnica, do poder ou do
prazer. Que estes deuses dominem o homem e o façam cada vez mais egoísta. E
assim foi. Foi a Sexta Noite,
Antes do Fim. (O Grupo do
6º dia apaga sua vela).
Mantra:
Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...
Na Sétima noite, o
homem ficou só, cansado e vazio. Não havia nada sobre a face da terra. Um frio
e um tremor o envolveram por toda parte. Só havia, ódio, discórdia e morte. No
meio daquela solidão, quase infinita, caiu a peste. Foi o Fim do homem. (O Grupo do 7º dia apaga sua vela)
Veio então a
ventania ensurdecedora, arrastando o nada que havia ficado. Uma escuridão
espantosa tomou conta de tudo. Era o caos! (Pausa)
... Depois, muito depois se fez um silêncio encantador, uma brisa suave
começava a passar... era o Espírito de Deus pairando novamente sobre a terra!
Silêncio para meditação
Comentarista:
Em silêncio, coloquemos nossa vida diante de Deus. É a sua luz que nos conduz,
nos guia e nos salva. É a sua luz que nos faz irmãos e nos faz seguir em
direção ao Pai. Se nos afastarmos da luz, tudo será trevas. Invoquemos o
Espírito santo de deus sobre as nossas necessidades, angústias, sofrimentos e
esperanças. Assim como em Pentecostes, o doce Espírito Santo venha sobre nós e
encha nossos corações, acendendo neles o fogo do amor, para que seja renovada a
nossa vida. Rezemos... Veni Creator
Spiritus!
Vem Espírito Criador
Vinde, Espírito Criador, visitai as almas dos vossos; enchei
de graça celestial os corações que criastes!
Sois o Divino Consolador, o dom do Deus
Altíssimo, fonte viva, o fogo, a caridade, a unção dos espirituais.
Com os vossos sete dons: sois o dedo da direita
de Deus, solene promessa do Pai inspirando nossas palavras.
Acendei a luz nos sentidos; insuflai o amor nos
corações, amparai na constante virtude
a nossa carne enfraquecida.
a nossa carne enfraquecida.
Afastai para longe o inimigo; trazei-nos
prontamente a paz, assim guiados por Vós evitaremos todo o mal.
Por Vós explicar-se-á o Pai e conheceremos o
Filho; dai-nos crer sempre em Vós,
Espírito do Pai e do Filho.
Espírito do Pai e do Filho.
Glória ao Pai, Senhor, ao Filho que ressuscitou,
assim como ao Consolador. Por todos os séculos. Amém.
Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.
Mantra: Ó luz
do Senhor, que vem sobre a terra/ inunda meu ser/ permanece em nós...
(Em seguida, motiva as pessoas a pedirem perdão, a
partir do Anti-Gênesis que vivenciaram. Dá-se um tempo para que cada um possa
expressar, orando, o que sente.)
Celebrante: Nosso
Deus é um Deus rico em misericórdia e bondade. Ele perdoa os nossos pecados.
Escutemos a palavra de Deus.
Leitor 01: Is 9,1-6
Leitura do livro de Isaias
1 Mas, para a que
estava aflita não haverá escuridão. Nos primeiros tempos, ele envileceu a terra
de Zebulom, e a terra de Naftali; mas nos últimos tempos fará glorioso o
caminho do mar, além do Jordão, a Galileia dos gentios.
2 O povo que andava
em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda
escuridão resplandeceu a luz.
3 Tu multiplicaste
este povo, a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se
alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos.
4 Porque tu
quebraste o jugo da sua carga e o bordão do seu ombro, que é o cetro do seu
opressor, como no dia de Midiã.
5 Porque todo
calçado daqueles que andavam no tumulto, e toda capa revolvida em sangue serão
queimados, servindo de pasto ao fogo.
6 Porque um menino
nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o
seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da
Paz.
Palavra do
Senhor!
(O Celebrante faz comentário sobre a leitura,
ressaltando o amor e a misericórdia de Deus).
Comentarista:
A morte só se vence com a solidariedade daqueles que são capazes de ser luz e
passar a outros a mesma luz.
Canto: Ó luz
do Senhor, que vem sobre a terra/ inunda meu ser/ permanece em nós...
(Á medida que vão
cantando, alguém se aproxima do Círio ou menorá, que ficou acesso, acende a sua
vela e vai passando a outros).
Finaliza-se rezando,
unidos pelos braços, a oração do Pai Nosso.
Despedida
* Celebração feita por diversas
comunidades de várias maneiras. Autoria desconhecida.
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