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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

CELEBRAÇÃO DA LUZ – GÊNESIS E ANTI-GÊNESIS


Celebração de preparação próxima ao sacramento da Confirmação

PREPARAÇÃO:

Material Necessário: Bíblia, velas para cada participante e um menorá ou Círio Pascal. A sala onde se realiza a celebração precisa escurecer completamente. No centro da sala ou um lugar de destaque, coloca-se o menorá ou o Círio. (Ideal que se faça a noite na Igreja)
Para a leitura e comentário, definir um Comentarista, Leitor 1 e Leitor 2

Introdução: (Em sala separada): divide-se o grupo em 7 pequenos grupos. Cada grupo corresponde a um dia da Criação. Cada participante, identificando-se com um determinado dia da Criação, tentará vivenciar ao máximo, a “Sua” criação, o seu nascimento e aparecimento no mundo e no universo. Por exemplo, se no primeiro dia Deus criou a terra, os participantes do grupo 01 procurarão fazer parte da maravilha que é ser Céu ou Terra, etc. Do mesmo modo quando for lido o texto do Anti-Gênesis. O dia da criação representarão os dias de nossa história.

Ambientação: A sala deverá estar escura e acessa somente a vela central do menorá (ou Círio), as outras velas vão se acendendo (ou apagando) conforme a leitura do Gênesis ou Anti-Gênesis. Cada participante deverá estar já na sala com uma vela na mão (apagada) e ciente do número do dia.

Comentarista: Iniciemos nossa celebração, manifestando que Deus é comunidade e nos reúne em nome do Pai, do Filho e Do Espírito Santo.

Cada um de nós representa um dia da Criação. Mergulhemos nesta maravilhosa realidade de sermos criados no amor de Deus. Á medida em que forem lidos os dias da criação, as pessoas do Nº do dia mencionado se aproximam do Círio acesso e ascenderão as velas, em sinal de presença do amor e da luz de Deus em sua vida.

Leitor 01: Gn 1,1 a 2,4

Leitura pausada, devagar, fazendo uma parada depois de cada dia da criação, permitindo que as pessoas ascendam as suas velas.

Leitura do Livro de Gênesis:

2 A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas. 3 Disse Deus: haja luz. E houve luz. 4 Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. 5 E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
(Acende a 1ª vela).

Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!

6 E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. 7 Fez, pois, Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi. 8 Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde e a manhã, o dia segundo. 
(Acende a 2ª vela).

Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!

9 E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi. 10 Chamou Deus ao elemento seco terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era bom. 11 E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que deem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, deem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi. 12 A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 13 E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
(Acende a 3ª vela).

Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!

14 E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos; 15 e sirvam de luminares no firmamento do céu, para alumiar a terra. E assim foi. 16 Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas. 17 E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra, 18 para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 19 E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
(Acende a 4ª vela).

Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!

20 E disse Deus: Produzam as águas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do céu. 21 Criou, pois, Deus os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se arrastavam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
22 Então Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a terra. 23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
(Acende a 5ª vela).

Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!

24 E disse Deus: Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis, e animais selvagens segundo as suas espécies. E assim foi. 25 Deus, pois, fez os animais selvagens segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.
27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra. 29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento. 30 E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi.31 E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra/inunda meu ser/ permanece em nó!
(Acende a 6ª vela).

2 Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. 3 Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera. 4 Eis as origens dos céus e da terra, quando foram criados. No dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus.
(Acende a última vela).

Mantra: Por nós fez maravilhas, louvemos ao Senhor!

(Depois da Leitura, quando todos já tiverem com as suas velas acesas, pedir aos participantes que partilhem o que significou, para eles o dia da Criação que vivenciaram.)

Rito da Escuridão:

Comentarista: O amor de Deus, na criação, é podado e sufocado pelo egoísmo do Homem. É a história do pecado na história dos homens e na nossa história. Vamos agora representar a participação de cada pessoa, na ruptura com o plano de Deus, do mesmo modo que representamos o dia da Criação. Agora tentaremos vivenciar um dia da destruição. Mergulhemos nesta realidade de pecado que destrói e sufoca o amor de Deus. A medida em que forem lidos os dias do anti gênesis, as pessoas do nº do dia mencionado apagarão as suas velas, em sinal de ruptura com Deus e com os outros homens. Serão as trevas do egoísmo entrando na nossa história e na nossa vida. 

Leitura do Texto do Anti-Gênesis;

Leitor 2: O amor de Deus na criação é sufocado por nosso egoísmo. Neste momento, vamos refletir a participação de cada um de nós na ruptura com o plano de Deus. Vamos mergulhar nesta realidade de pecado que destrói e sufoca o amor de Deus, fazendo as trevas do egoísmo entrar em nossas famílias, em nossa vida.

Perto do Fim dos tempos, o homem quis viver só, longe do Deus que o criou. Assumiu-se como absoluto e senhor de toda a terra. A terra era bela e fértil, a luz brilhava nas montanhas e nos mares. A terra estava cheia de vida, o azul do céu resplandecia e o ar era puro. Disse então o homem: Dividamos então o céu e a terra... que alguns homens possuam todo o poder sobre o céu e outros sobre a terra. Que a ganância de possuir mais dê origem a discórdia e lutas fratricidas, e assim o sangue humano seja derramado sobre a terra. E assim foi. Foi a Primeira Noite antes do Fim(O grupo do 1º dia apaga as velas).

Mantra: Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...

O Homem disse: Tomemos o céu que ele seja cinzento, cheio de fumaças e gases venenosos e que o ar seja poluído. Lancemos nele foguetes, aviões, “Scuds” e bombas “inteligentes”. E assim se fez. O homem achou que assim era melhor. As pessoas começam a levar mascaras anti-gases. Foi a Segunda Noite, antes do fim. (O grupo do 2º dia apaga as luzes, ou seja, velas).

Mantra: Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...

O Homem Disse: Que as águas sobre a face da terra se encham de navios de produtos químicos e de lixo das cidades. Que naveguem, nas águas, no fundo dos oceanos, submarinhos atômicos, capazes de poluir e destruir povos sobre a terra. E o homem afirmou: Acabamos com o verde das florestas. Coloquemos no seu lugar plantas que deem mais lucro, prédios que acumulem riquezas e asfalto, para que não nasçam mais plantas. E assim se fez. Os homens ficaram encantados com o “avanço” conquistado. Foi a Terceira Noite antes do Fim. (O grupo do 3º dia apaga suas velas).

Mantra: Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...

O Homem Disse: Não nos importemos mais com o sol, com as estrelas e que a Luz perca o seu encanto. Façamos nós mesmos os nossos luzeiros, e que sejam coloridos, para que brilhem nas noites de nossas cidades. E que as bombas sejam lançadas ao céu, para fazer o mesmo clarão das noites de tempestade. E assim se fez. O homem abafou o encanto da lua e das estrelas e, no seu lugar, colocou satélites espiões. O homem viu tudo o que tinha feito e ficou orgulhoso de sua façanha. Foi a Quarta noite antes do Fim. (O Grupo do 4º dia apaga sua vela).

Mantra: Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...

O Homem disse: Tomemos todos os peixes das águas e os animais das florestas. Que a pesca seja permitida em todos os tempos, por esporte, necessidade ou crueldade. Joguemos petróleo e veneno no mar, para que assim os peixes morram envenenados e as praias fiquem malcheirosas e poluídas. E disse ainda mais: criemos um esporte entre os homens, para que possamos matar as aves do céu, e que seja o vencedor aquele que mais aves conseguir matar ou abater. E assim se fez. O homem viu que assim era melhor. Foi a Quinta Noite Antes do Fim. (O Grupo do 5º dia apaga sua vela).

Mantra: Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...

Disse o Homem: cacemos à vontade, os animais da floresta, façamos tapetes, calçados e roupas com a sua pele. E aqueles que ainda sobrarem, serão trancados, domesticados, sirvam de lazer e experiências de laboratório. E por fim gritou sem pudor: façamos um grande Deus a nossa e semelhança. Que ele abençoe tudo o que nós fizemos, esteja a serviço de nossas ideologias e projetos, sirva de acomodação para homens, tomando várias formas na vida das pessoas. Que cada um possua seu próprio deus, seja o deus do lucro e da ganância, da técnica, do poder ou do prazer. Que estes deuses dominem o homem e o façam cada vez mais egoísta. E assim foi. Foi a Sexta Noite, Antes do Fim. (O Grupo do 6º dia apaga sua vela).

Mantra: Misericórdia, Senhor, misericórdia... Misericórdia...

Na Sétima noite, o homem ficou só, cansado e vazio. Não havia nada sobre a face da terra. Um frio e um tremor o envolveram por toda parte. Só havia, ódio, discórdia e morte. No meio daquela solidão, quase infinita, caiu a peste. Foi o Fim do homem(O Grupo do 7º dia apaga sua vela) 

Veio então a ventania ensurdecedora, arrastando o nada que havia ficado. Uma escuridão espantosa tomou conta de tudo. Era o caos! (Pausa) ... Depois, muito depois se fez um silêncio encantador, uma brisa suave começava a passar... era o Espírito de Deus pairando novamente sobre a terra!

Silêncio para meditação

Comentarista: Em silêncio, coloquemos nossa vida diante de Deus. É a sua luz que nos conduz, nos guia e nos salva. É a sua luz que nos faz irmãos e nos faz seguir em direção ao Pai. Se nos afastarmos da luz, tudo será trevas. Invoquemos o Espírito santo de deus sobre as nossas necessidades, angústias, sofrimentos e esperanças. Assim como em Pentecostes, o doce Espírito Santo venha sobre nós e encha nossos corações, acendendo neles o fogo do amor, para que seja renovada a nossa vida. Rezemos... Veni Creator Spiritus!  

Vem Espírito Criador
Vinde, Espírito Criador, visitai as almas dos vossos; enchei de graça celestial os corações que criastes!
Sois o Divino Consolador, o dom do Deus Altíssimo, fonte viva, o fogo, a caridade, a unção dos espirituais.
Com os vossos sete dons: sois o dedo da direita de Deus, solene promessa do Pai inspirando nossas palavras.
Acendei a luz nos sentidos; insuflai o amor nos corações, amparai na constante virtude
a nossa carne enfraquecida.
Afastai para longe o inimigo; trazei-nos prontamente a paz, assim guiados por Vós evitaremos todo o mal.
Por Vós explicar-se-á o Pai e conheceremos o Filho; dai-nos crer sempre em Vós,
Espírito do Pai e do Filho.
Glória ao Pai, Senhor, ao Filho que ressuscitou, assim como ao Consolador. Por todos os séculos. Amém.
Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra/ inunda meu ser/ permanece em nós...

(Em seguida, motiva as pessoas a pedirem perdão, a partir do Anti-Gênesis que vivenciaram. Dá-se um tempo para que cada um possa expressar, orando, o que sente.)

Celebrante: Nosso Deus é um Deus rico em misericórdia e bondade. Ele perdoa os nossos pecados. Escutemos a palavra de Deus.

Leitor 01: Is 9,1-6

Leitura do livro de Isaias

1 Mas, para a que estava aflita não haverá escuridão. Nos primeiros tempos, ele envileceu a terra de Zebulom, e a terra de Naftali; mas nos últimos tempos fará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, a Galileia dos gentios.
2 O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz.
3 Tu multiplicaste este povo, a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos.
4 Porque tu quebraste o jugo da sua carga e o bordão do seu ombro, que é o cetro do seu opressor, como no dia de Midiã.
5 Porque todo calçado daqueles que andavam no tumulto, e toda capa revolvida em sangue serão queimados, servindo de pasto ao fogo.
6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. 
Palavra do Senhor!

(O Celebrante faz comentário sobre a leitura, ressaltando o amor e a misericórdia de Deus).

Comentarista: A morte só se vence com a solidariedade daqueles que são capazes de ser luz e passar a outros a mesma luz.

Canto: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra/ inunda meu ser/ permanece em nós...

(Á medida que vão cantando, alguém se aproxima do Círio ou menorá, que ficou acesso, acende a sua vela e vai passando a outros).

Finaliza-se rezando, unidos pelos braços, a oração do Pai Nosso.

Despedida

* Celebração feita por diversas comunidades de várias maneiras. Autoria desconhecida.





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