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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

A FORMAÇÃO MISTAGÓGICA: CAMINHO PARA AVANÇAR - PARTE 4


VII SULÃO DE CATEQUESE
MISTAGOGIA: CAMINHO FORMATIVO

RESENHA 04
CAPITULO IV - A formação mistagógica, caminho para avançar

O capítulo IV explora a formação mistagógica como um processo central para capacitar catequistas a conduzir uma catequese de iniciação à vida cristã. Inspirando-se na passagem bíblica de João 1,49, o texto ressalta que o reconhecimento de Jesus como Mestre e Filho de Deus impulsiona os cristãos a um discipulado missionário, caracterizado pela vivência comunitária, pela transformação pessoal e pelo engajamento em um estilo de vida moldado pelo Evangelho.

Aspectos Fundamentais da Formação Mistagógica

1. O Ser do Catequista Mistagogo 

O catequista é visto como o centro do processo catequético, cuja missão é vivenciar e testemunhar sua fé com autenticidade. Sua formação deve contemplar: 

   - Identidade: O catequista é chamado por Deus, faz a experiência de Cristo e torna-se testemunha viva na comunidade. 

   - Afetividade e Relacionamentos: É importante trabalhar as lacunas emocionais, promovendo equilíbrio, alegria no serviço e capacidade de acolher. 

   - Discernimento: A avaliação constante ajuda o catequista a amadurecer, enfrentando suas fragilidades.  

2. O Conviver do Catequista Mistagogo  

A formação deve priorizar a convivência, baseada na comunhão e no cuidado mútuo. Isso inclui: 

   - Inserção comunitária e valorização das relações interpessoais. 

   - Criação de uma comunidade catequética inclusiva, que espelhe os valores do Evangelho. 

   - Um estilo de vida inspirado no Mestre, com atenção aos pobres e marginalizados.  

3. O Saber do Catequista Mistagogo 

O conhecimento do catequista vai além do domínio de conteúdos teológicos; é um saber integrado à vida e às realidades sociais. Elementos fundamentais incluem: 

   - Mensagem cristã vivida e celebrada na liturgia. 

   - Conhecimento bíblico, teológico, das ciências humanas e da realidade cultural e ecológica. 

   - Coerência moral e ética, demonstrada na prática.  

4. O Catequista Mistagogo como Interlocutor da Fé 

O catequista é um facilitador da experiência de fé, orientando seus catequizandos com base na convivência, no diálogo e na partilha. Ele deve ser um comunicador preparado, que utiliza linguagem apropriada e acolhedora para transmitir a Boa Nova de forma eficaz. Sua missão é marcada pela ternura e pela atenção às relações humanas. 

Conclusão 

O capítulo destaca que a formação mistagógica exige uma abordagem integral, que conecta conhecimento, experiência e vivência comunitária. O catequista é um "especialista em humanidade", cuja missão é ser ponte entre a Palavra de Deus e a vida concreta dos catequizandos. Através de uma formação contínua, a catequese deixa de ser apenas um repasse de conteúdos e se torna uma experiência transformadora de fé. 

Conversando no grupo de catequistas

a)  Identificar com 10 palavras o “ser” do catequista.

1. Discípulo – Sempre em busca de aprender com Jesus e com os outros. 

2. Testemunha – Alguém que vive e partilha a fé de forma autêntica. 

3. Mestre – Guia que ensina com sabedoria e paciência. 

4. Acolhedor – Capaz de receber a todos com empatia e respeito. 

5. Missionário – Enviado para anunciar o Evangelho. 

6. Amoroso – Age com ternura e cuidado nas relações. 

7. Perseverante – Não desiste diante das dificuldades do caminho. 

8. Orante – Busca inspiração e força na oração constante. 

9. Comunitário – Alguém que promove a união e o espírito de grupo. 

10. Formador – Alguém que contribui para o crescimento na fé e na vida cristã.

(Este é o meu, Ângela Rocha, agora faça o seu...)

b) Inspirados nos gestos, palavras e atitudes de Jesus como deve ser o nosso relacionamento com:

Com os catequizandos

- Gestos: Acolher com carinho e paciência, como Jesus acolhia as crianças (Mc 10,14). 

- Palavras: Ensinar com simplicidade e verdade, adaptando a mensagem à realidade de cada um. 

- Atitudes: Ser um exemplo de fé e amor, guiando-os sem julgamentos, mas com compreensão. 

Com suas famílias

- Gestos: Demonstrar empatia e cuidado, reconhecendo os desafios familiares. 

- Palavras: Dialogar com respeito, incentivando a participação ativa na formação dos filhos. 

- Atitudes: Estar disponível para ouvir, apoiar e incluir as famílias na caminhada catequética.

Com as lideranças  

- Gestos: Trabalhar em unidade, valorizando o papel de cada um na comunidade. 

- Palavras: Comunicar-se de forma respeitosa e clara, promovendo a cooperação. 

- Atitudes: Agir com humildade e espírito de serviço, evitando competições ou divisões.

Com a comunidade em geral?  

- Gestos: Ser presença ativa e promotora de inclusão e acolhimento. 

- Palavras: Anunciar o Evangelho com alegria e entusiasmo, como Jesus fazia. 

- Atitudes: Testemunhar o amor de Cristo em ações concretas, como o cuidado com os pobres e necessitados. 

Essas reflexões ajudam a fortalecer o papel do catequista como um verdadeiro discípulo missionário, inspirado pela vida e pelo exemplo de Jesus Cristo.


Ângela Rocha - Catequista e Formadora
Graduada em Teologia pela PUCPR.

FONTE:

SCHERER, Odilo Pedro; BERTOLDI, Marlene; TOGNERI, Silvia; SILVA, Sérgio; FERREIRA, Nilson Caetano. Mistagogia: novo caminho Formativo de Catequistas. Cap. 4. VII SULÃO DE CATEQUESE. São José do Rio Preto – SP. 19 a 21 de agosto de 2011.  editor@suliani.com.br

 


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