ROTEIRO DE ENCONTRO: MARIA MÃE DE DEUS
(Catecumenato de Adultos)
- Imagem de
Maria (e de várias devoções), flores,
Bíblia e velas.
- Terços (para
serem dados aos catequizandos)
- Folhetos Como
rezar o Terço (Paulus)
- Todos se acomodarem em círculo.
Oração Inicial: Pai Nosso e uma Ave Maria.
Música: ♫ Perfeito é quem te criou (Vida reluz)
https://www.youtube.com/watch?v=S6udRo0NX8g
- Iniciar o encontro falando sobre a devoção a Maria. Como é e porque existe. Falar sobre a importância da Mãe de Jesus para a igreja, (ver aprofundamento para o catequista).
- Como uma dinâmica rápida pode-se pedir que os catequizandos lembrem nomes dados a Virgem Maria e escrevam em um papel.
Explicar também sobre como rezar o Santo Rosário, que é um ótimo exercício de fé e poderoso amparo nas horas difíceis da vida. Então pode-se entregar o terço, explicar como se reza e fazer o terço onde todos fazem a oração.
Veja Como Rezar o Santo Rosário (Terço)
Como
canto final podemos fazer também a oração final ao cantar:
♫
Mãe fiel – padre Zeca.
https://www.youtube.com/watch?v=NfsG-Mqsgf8
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA:
A
igreja católica tem em Maria um forte sinal devocional, é como uma marca de
quem comunga da fé católica, seria quase impossível ser da igreja e não
acreditar em Nossa Senhora.
Em aramaico o nome é Maryam que significa soberana. Já em hebraico Míriam que significa “amada por Deus”.
Devoção Mariana: Nascido da Virgem Maria – CIgC 484 - 511 parágrafo 2.
O
que a fé católica crê, a respeito de Maria, funda-se no que crê a respeito de
Cristo. Mas o que a mesma fé ensina sobre Maria esclarece, por sua vez, a sua
fé em Cristo. (CIgC 487).
A RELIGIOSIDADE POPULAR
Fora da liturgia dos sacramentos e dos
sacramentais, a catequese deve ter em consideração as formas de piedade dos
fiéis e a religiosidade popular. O sentimento religioso do povo cristão desde
sempre encontrou a sua expressão em variadas formas de piedade, que rodeiam a
vida sacramental da Igreja, tais como a veneração das relíquias, as visitas aos
santuários, as peregrinações, as procissões, a via-sacra, as danças religiosas,
o rosário, as medalhas, etc. (CIgC 1674).
Estas
manifestações são um prolongamento da vida litúrgica da Igreja, mas não a
substituem. Devem ser organizadas, tendo em conta os tempos litúrgicos e de
modo a harmonizarem-se com a liturgia, a imanarem dela de algum modo e a nela
introduzirem o povo; porque, por sua natureza, a liturgia lhes é, de longe,
superior. (CIgC 1675).
Para
manter e apoiar a religiosidade popular, é necessário um discernimento
pastoral. O mesmo se diga, se for caso disso, para purificar e corrigir o
sentimento religioso subjacente a essas devoções e para fazer progredir no
conhecimento do mistério de Cristo. A sua prática está submetida ao cuidado e
às decisões dos bispos e às normas gerais da igreja (CIgC 1676).
Jesus,
o único Mediador, é o Caminho de nossa oração e Maria, sua mãe, é pura
transparência dele, Maria “mostra o Caminho”(“Hodoghitria”) é seu sinal,
conforme a iconografia tradicional no Oriente e no Ocidente.
(Ícone Hodoghitria )
Maria
foi escolhida por Deus para ser a mãe do seu filho, e podemos imaginar como só
este fato é extremamente relevante para que ela tenha toda esta importância.
Deus não escolheria qualquer uma, ele escolheria alguém especial, e foi o que
ele fez. De uma vila desprezada em toda a Palestina chamada Nazaré, Deus viu
uma jovem, ainda adolescente que era perfeita para gerar o seu primogênito.
Escolheu também um homem chamado José para assumir o papel de pai terreno de
Jesus.
Mas
o fato mais relevante é que esta jovem aceitou a missão de ser mãe do filho de
Deus, e passou por todas as dores terrenas de ser mãe e as dores divinas de ser
“mãe de Deus”: criou seu filho, viu ele fazer milagres, morrer, ressuscitar,
subir aos céus e depois levá-la. Maria
sempre intercedeu pelos mais necessitados, começando nas Bodas de Caná e para
todos os fiéis está intercessão continua até hoje.
OS NOMES DE MARIA
A
igreja tem como conta de que Nossa Senhora sempre dá seus sinais aparecendo em
várias partes do mundo para interceder sobre algumas situações. Vide alguns
exemplos:
Nossa Senhora Aparecida:
A imagem apareceu no Vale do Paraíba justamente quando um importante Conde iria fazer um estadia na região e quando um dos pescadores pescou a cabeça da imagem e depois o corpo logo as redes se encheram de peixes. Mas o mais interessante foi o fato de a imagem vir negra, e justamente os escravos viviam dias cada vez mais difíceis, ela deu esperança pois mostrou que Maria também tinha o rosto dos oprimidos. Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus em Roma: a história registrada pelos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757, cujos documentos se encontram no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.
Segundo os relatos, a aparição da imagem
ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando o conde de Assumar,
governante da Capitania de São Paulo e
Minas de ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no Vale do
Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica. O povo de Guaratinguetá
decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e,
apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio
Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde. Os pescadores
Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e
pediram a ajuda de Deus. Após várias tentativas infrutíferas, desceram o
curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam desistindo da
pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente, em vez de peixes, apanhou
o corpo de uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça. Ao lançar a rede
novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço. Após
terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria
ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. A partir daquele
momento, os três pescadores apanharam tantos peixes que se viram forçados a
retornar ao porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar as
embarcações. Esta foi a primeira intercessão atribuída à santa.
Nossa
Senhora de Lourdes:
Gruta de Lourdes |
Nossa Senhora de Fátima:
N. Sra. Fátima |
Nossa Senhora de Medjugorje:
N. Sra Medjugoege Rainha da Paz |
Nossa Senhora de Guadalupe:
N Sra Guadalupe |
Juan foi instruído por ela a
dizer ao bispo que construísse um templo no lugar, e deixou sua própria
imagem impressa milagrosamente em seu tilma, um tecido de pouca
qualidade feito a partir do cacto, que deveria se deteriorar em 20 anos mas que
não mostra sinais de deterioração até ao presente. É venerada na Basílica de
Nossa Senhora de Guadalupe e a sua festa é celebrada em 12 de dezembro.
MARIA NO CATECISMO
DA IGREJA CATÓLICA
(437, 456, 484-486,
723-726)
437. O anjo anunciou
aos pastores o nascimento de Jesus como sendo o do Messias prometido a Israel: “nasceu-vos
hoje, na cidade de David, um salvador que é Cristo, Senhor” (Lc 2,11).
Desde a origem, Ele é “Aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo” (Jo
10,36), concebido como “santo” no seio virginal de Maria. José foi
convidado por Deus a “levar para sua casa Maria, sua esposa, grávida
d’Aquele que nela foi gerado pelo poder do Espírito Santo” (Mt 1,20),
para que Jesus, “chamado Cristo”, nascesse da esposa de José, na
descendência messiânica de David (Mt 1,16),
456. Com o Credo
Niceno-Constantinopolitano, respondemos confessando: “Por nós, homens,
e para nossa salvação, desceu dos céus; e encarnou pelo Espírito Santo no
seio da Virgem Maria e Se fez homem”.
484. A Anunciação a Maria
inaugura a “plenitude dos tempos” (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas
e dos preparativos. Maria é convidada a conceber Aquele em quem habitará “corporalmente
toda a plenitude da Divindade” (Cl 2,9). A resposta divina ao seu “como será
isto, se Eu não conheço homem?” (Lc 1,34) é dada pelo poder do Espírito: “O
Espírito Santo virá sobre ti” (Lc 1,35).
485. A missão do Espírito
Santo está sempre unida e ordenada à do Filho. O Espírito Santo, que é “o
Senhor que dá a Vida”, é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e para
a fecundar pelo poder divino, fazendo-a conceber o Filho eterno do Pai, numa
humanidade originada da sua.
486. Tendo sido concebido
como homem no seio da Virgem Maria, o Filho único do Pai é «Cristo», isto é,
ungido pelo Espírito Santo, desde o princípio da sua existência humana, embora
a sua manifestação só se venha a fazer progressivamente: aos pastores, aos
magos, a João Batista , aos discípulos. Toda a vida de Jesus Cristo
manifestará, portanto, «como Deus O ungiu com o Espírito Santo e o poder” (At
10,38).
723. Em Maria, o Espírito
Santo realiza o desígnio benevolente do Pai. É pelo Espírito Santo
que a Virgem concebe e dá à luz o Filho de Deus. A sua virgindade torna-se
fecundidade única, pelo poder do Espírito e da fé.
724. Em Maria, o Espírito
Santo manifesta o Filho do Pai feito Filho da Virgem. Ela é a sarça
ardente da teofania definitiva: cheia do Espírito Santo, mostra o Verbo na
humildade da sua carne; e é aos pobres e às primícias das nações que Ela O dá a
conhecer.
725. Finalmente, por Maria,
o Espírito começa a pôr em comunhão com Cristo os homens que são “objeto
do amor benevolente de Deus”; e os humildes são sempre os primeiros a recebê-lo-Lo:
os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros
discípulos.
726. No termo desta missão
do Espírito, Maria torna-se a “Mulher”, a nova Eva “mãe dos vivos”, Mãe do “Cristo
total” . É como tal que Ela está presente com os Doze, “num só coração,
assíduos na oração” (At 1,14), no alvorecer dos “últimos tempos”, que o
Espírito vai inaugurar na manhã do Pentecostes, com a manifestação da Igreja.
Oração a Maria (CIgC
2675-2679)
Foi a partir desta singular
cooperação de Maria com a ação do Espírito Santo que as Igrejas cultivaram a
oração à santa Mãe de Deus, centrando-a na pessoa de Cristo manifestada nos
seus mistérios. Nos inúmeros hinos e antífonas em que esta oração se exprime,
alternam habitualmente dois movimentos: um “magnifica” o Senhor pelas “maravilhas”
que fez pela sua humilde serva e, através d’Ela, por todos os seres humanos; o
outro confia à Mãe de Jesus as súplicas e louvores dos filhos de Deus, pois Ela
agora conhece a humanidade que n’Ela foi desposada pelo Filho de Deus. (2675).
Este duplo movimento de oração a
Maria encontrou uma expressão privilegiada na oração da Ave-Maria:
“Ave, Maria
(alegrai-vos, Maria)”. A saudação do anjo Gabriel abre esta oração. É o
próprio Deus que, por intermédio do seu anjo, saúda Maria. A nossa oração ousa
retomar a saudação a Maria com o olhar que Deus pôs na sua humilde serva,
alegrando-nos com a alegria que Ele n’Ela encontra.
“Cheia de graça, o Senhor é
convosco”. As duas palavras da saudação do anjo esclarecem-se
mutuamente. Maria é cheia de graça, porque o Senhor está com Ela. A graça de
que Ela é cumulada é a presença d’Aquele que é a fonte de toda a graça. Maria,
em quem o próprio Senhor vem habitar, é em pessoa a filha de Sião, a arca da
aliança, o lugar onde reside a glória do Senhor: é “a morada de Deus com os
homens”, Cheia de graça, Ela dá-se toda Aquele que n’Ela vem habitar e que Ela
vai dar ao mundo.
“Bendita sois vós entre as
mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”. Depois da
saudação do anjo, fazemos nossa a de Isabel. Isabel é a primeira, na longa
sequência das gerações, a declarar Maria bem-aventurada; Maria é “bendita entre
as mulheres”, porque acreditou no cumprimento da Palavra do Senhor. Pela sua
fé, Maria tornou-se a mãe dos crentes, graças a quem todas as nações da terra
recebem Aquele que é a própria bênção de Deus: Jesus, “fruto bendito do vosso
ventre. (CIgC 2676),
“Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós…”. Com Isabel, também nós ficamos maravilhados: “E
de onde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?” Porque nos dá
Jesus, seu Filho, Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe; podemos confiar-lhe todas as
nossas preocupações e pedidos: Ela ora por nós como orou por si própria: “Faça-se
em Mim segundo a tua palavra”. Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com
Ela à vontade de Deus: “Seja feita a vossa vontade”.
“Rogai por nós, pecadores,
agora e na hora da nossa morte”. Pedindo a Maria que rogue por
nós, reconhecemo-nos pobres pecadores e recorremos à “Mãe de misericórdia”, à “Santíssima”.
Confiamo-nos a Ela “agora”, no hoje das nossas vidas. E a nossa confiança
alarga-se para lhe confiar, desde agora, “a hora da nossa morte”. Que Ela
esteja então presente como na morte do seu Filho na cruz e que, na hora do
nosso passamento, Ela nos acolha como nossa Mãe, para nos levar ao seu Filho
Jesus, no Paraíso. (CIgC 2677).
A piedade medieval do Ocidente
propagou a oração do rosário como substituto popular da Liturgia das Horas. Maria é a orante perfeita, figura da Igreja.
Quando Lhe oramos, aderimos com Ela ao desígnio do Pai, que envia o seu Filho
para salvar todos os homens. Como o discípulo amado, nós acolhemos em nossa
casa a Mãe de Jesus que se tornou Mãe de todos os viventes. Podemos orar com
Ela e orar-Lhe a Ela. A oração da Igreja é como que sustentada pela oração de
Maria. Está-lhe unida na esperança. (CIgC 2679).
Quando começou a devoção mariana?
A pergunta é legítima. E a resposta é imediata e segura: a devoção à Maria
começou com o próprio cristianismo. Observemos os fatos. Entremos na pequena
Casa de Nazaré, a casa das nossas origens e das nossas primeiras memórias. Eis
o que encontramos: o Anjo Gabriel, mandado por Deus, aparece à Maria e lhe diz:
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1,28).
Com estas palavras que vêm do Céu
começa a devoção mariana. Quem pode negar a evidência deste fato? E quando
Maria, única guardiã do anúncio do Anjo, se apresenta à Isabel, depois da longa
viagem da Galileia até a Judeia, acontece outro fato singular. Isabel ouve a
saudação de Maria e percebe que o menino ‘salta’ de alegria no seio, enquanto o
Espírito Santo a atravessa e lhe sugere palavras de rara beleza e de
surpreendente compromisso: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto
do teu ventre. E que venha a mim a mãe do meu Senhor? Pois logo que chegou aos
meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de
ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que foi dito da parte do
Senhor” (Lc 1, 42-45). É a segunda expressão de devoção mariana registrada no
Evangelho.
Vamos até a narração do Natal. O
Evangelho de Lucas refere: “Quando os anjos se afastaram deles em direção ao
Céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém ver o que aconteceu e
o que o Senhor nos deu a conhecer”. Foram apressadamente e encontraram Maria,
José e o menino deitado na manjedoura” (Lc 2, 15-16). Imaginemos que os
pastores, após terem ajoelhado diante do Menino, tenham lançado a seguir um
olhar à Mãe e tenham sussurrado alguma palavra. Não é legítimo pensar que os
pastores tenham exclamado: “Feliz és tu, Mãe deste Menino?!” Era uma expressão
de devoção mariana.
Passemos ao evangelista Mateus,
que narra a chegada dos Magos em Belém e usa estas palavras textuais: “E a
estrela que tinham visto no Oriente ia diante deles, até que, chegando ao lugar
onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e,
entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se,
adoraram-No” (Mt 2, 9-11).
Podemos, sem muito esforço,
imaginar a grande emoção dos Magos, os quais, após uma longa e aventurosa
viagem, tiveram a alegria de ver o Menino tão esperado e desejado! Porém, não
nos afastamos da verdade dos fatos, se imaginarmos também que os Magos, depois
da adoração do Menino, tenham olhado para Maria e lhe dirigido palavras de
admiração: também esta é devoção mariana, percebida nas entrelinhas do
Evangelho!
Nas bodas de Caná. Conhecemos
toda a encantadora história da festa das bodas, na qual Maria intervém, ao
mesmo tempo com delicadeza e decisão, para salvar a alegria dos noivos. Os
servos, que conheciam o exato suceder-se dos fatos certamente aproximaram-se de
Maria e disseram: “Jesus escutou-te! Fala-lhe de nós e pede uma bênção para as
nossas famílias!”. Também estas eram autênticas flores de devoção mariana. E os
noivos não retomariam com Maria o discurso das bodas e da água transformada em
vinho? Certamente teriam dito a Maria: “Obrigado! A tua intervenção salvou a
nossa festa. Continua a orar por nós!”
Assim começa a devoção mariana. E
continua nos séculos sem interrupção. A verdade histórica é: Maria, a partir
das palavras empenhadas pronunciadas pelo Anjo Gabriel, foi imediatamente
olhada com admiração. E logo a sua intercessão foi invocada por motivo do seu
particular vínculo com Cristo: o vínculo da maternidade! Portanto, quando
recorrermos à Maria para a invocar com filial confiança, não nos encontraremos
fora do Evangelho, mas totalmente dentro dele.
ATIVIDADE:
- Distribua aos catequizandos
uma lista com alguns nomes/títulos de Nossa Senhora e peça que cada um pesquise
um nome e sua origem, que não esteja na lista dada.
ALGUNS
NOMES DA VIRGEM MARIA
NOME |
ORIGEM |
Nossa Senhora da Anunciação |
Visita do arcanjo Gabriel a Maria |
Nossa Senhora Aparecida, ou da Conceição Aparecida. |
Imagem encontrada no Vale do Paraíba -São Paulo |
Nossa Senhora da Assunção |
Relembra a elevação de Maria, de corpo e alma, aos céus; |
Nossa Senhora Auxiliadora |
Relembra o auxílio de Maria ao Papa Pio VII, durante o
domínio napoleônico; |
Nossa Senhora do Belém |
Relembra a maternidade de Maria, na cidade de Belém; |
Nossa Senhora do Carmo, do Monte Carmelo. |
Relembra o convento construído em honra à Virgem, nos
primeiros séculos do cristianismo, no monte Carmelo, na Samaria. |
Nossa Senhora da Conceição/da Imaculada Conceição |
Relembra que Santana concebeu Maria, pura sem pecado. |
Nossa Senhora Desatadora de nós |
Relembra que a Virgem Maria liberta os homens das aflições
da vida, desata os nós que os escravizam; |
Nossa Senhora das Dores |
Refere-se às sete dores da Virgem Maria: a profecia de
Simeão, a fuga para o Egito, a perda do menino Jesus, o encontro no caminho
do Calvário, a morte de Jesus, o golpe da lança e a descida da cruz, e o
sepultamento de Cristo. |
Nossa Senhora da Encarnação |
Relembra a encarnação do Verbo no seio puríssimo da
Virgem; |
Nossa Senhora de Fátima, do Rosário de Fátima |
Aparição em Fátima (Portugal) |
Nossa Senhora da Glória |
Relembra coroação da Virgem como rainha; |
Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa |
Relembra uma aparição feita a Catarina Labouré em Paris; |
Nossa Senhora de Guadalupe |
Aparição ao índio Juan Diego, em Guadalupe, México, em
1531; Padroeira das Américas; |
Nossa Senhora de Lourdes |
Aparição, no séc. XIX, na Gruta de Massabielle, em
Lourdes, França. |
Nossa Senhora da Luz |
Imagem encontrada por Pedro Martins, entre uma estranha
luz, que lhe apareceu em Carnide, Portugal; Maria é lembrada como aquela que
apresenta seu Filho Jesus como “Luz das Nações”; |
Nossa Senhora Mãe da Igreja |
Relembra a proclamação de Maria como “Mãe de todo o povo
de Deus”, pelo Papa Paulo VI, em 1964, durante o Concílio Vaticano II; |
Nossa Senhora da Natividade |
Relembra o nascimento da virgem Maria, que, segundo a
tradição, foi num sábado, 8 de setembro, do ano 20 a.C., na cidade de
Jerusalém; |
Nossa Senhora dos Navegantes |
Maria é invocada como protetora dos navegantes, devoção
que teve seu auge durante as cruzadas e, depois, durante o período das
grandes navegações; |
Nossa Senhora de Nazaré |
Relembra a vida da Virgem Maria, em Nazaré, junto à
sua sagrada família; |
Nossa Senhora da Paz, ou Nossa Senhora rainha da Paz |
Relembra a intervenção da Virgem Maria na devolução da
catedral de Toledo, Espanha, aos cristãos; |
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro |
Relembra a Virgem Maria como socorro dos cristãos, em suas
horas de necessidade. Refere-se a um quadro milagroso da ilha de Creta, que
após ser roubado, foi recuperado em Roma e posto, no séc. XIX, sob a
guarda dos padres redentoristas; |
Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos |
Relembra que a Virgem Maria foi mãe, mestra e rainha dos
apóstolos, que lhe devotavam especial veneração; |
Nossa Senhora Rainha, Vendcedora e três vezes admirável de
Schoenstatt |
Imagem da Virgem Maria, padroeira do Movimento, relembra a aliança de amor que o padre
Joseph Kentenich, selou em 1914, em Schoenstatt, Alemanha, com a Virgem
Maria.; |
Nossa Senhora do Rocio |
Imagem encontrada no mar, no final do séc. XVII, por um
pescador que vivia em Rocio, próximo a Paranaguá; |
Nossa Senhora do Rosário |
Relembra a aparição da Virgem Maria a São Domingos de
Gusmão, no sec. XIII, pedindo-lhe a divulgação do seu rosário de
orações; |
Nossa Senhora da Salete |
Relembra a aparição da Virgem Maria, em 1846, a dois pastorinhos, na montanha
de Salete, nos Alpes franceses; |
O ROSÁRIO
Origem: A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros e conventos, como “Saltério” dos leigos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave-Marias, 150 louvores em honra a Jesus Cristo e 150 louvores em honra à Virgem Maria. Hoje são 200 Ave-Marias.
O rosário era utilizado durante
as missas quando estas eram feitas em latim e nem todas as pessoas sabiam falar
a língua, então os fiéis ficavam rezando o rosário e paravam no momento da consagração
(por isso existia o sininho que se tocava neste momento) e após a comunhão
continuavam. O terço é a terça parte de um rosário ou seja 50 Ave-Marias e 5
Pai-nosso.
A simbologia do Rosário
O Rosário é um símbolo. Ele
forma um círculo. Sua saída coincide com a chegada. Lembra o que
Jesus falou: saí do Pai e volto ao Pai (Jo 16, 28). Nós também viemos do
Pai e devemos voltar a Ele. A forma de fazê-lo é seguir Cristo, que se declarou
nosso caminho (Jo 14, 8) e convida a cada um a segui-lo (Mt 19,21).
Pelo Rosário, meditamos na
peregrinação que Jesus fez por este mundo unindo-nos pelo fio da
fé. Sem a fé, os dias de nossa vida viram um amontoado de contas perdidas
no chão, como acontece com as contas do terço quando se quebra o fio que as
mantém unidas.
O centro do Rosário é Cristo crucificado. Tendo-o nas mãos, recorda que nossa vida e nossa oração devem ter seu centro em Cristo, em união com a Mãe de Deus e Nossa Mãe, Maria Santíssima. Não há graças que Deus não nos possa alcançar por meio de Maria a quem peça por meio do Rosário. No entanto é bom lembrar que devemos nos preparar para alcançar as graças que tanto pedimos.
SUGESTÃO:
No “Conto meu Encontro”, a catequista Jin Hee Kim, de São Paulo - SP, conta para nós como homenagear Nossa Senhora no mês Mariano com um lindo Terço de flores.
MÊS DE MAIO – MÊS DE MARIA
Pois é estamos no mês de Maria, um mês inteiro dedicado à mãe do nosso
Salvador!
"O Rosário nos transporta para junto de Maria e com Ela meditamos toda
a trajetória do Seu amado Filho. É uma de Suas orações prediletas, pois em
quase todas as aparições Maria pede que reze o Rosário. Rezar o Rosário é
retirar um por um dos espinhos do Coração de Maria até substituí-los por
rosas. "
TERÇO COM FLORES
Nessa dinâmica fazemos a oração do terço e utilizamos de flores de papel para representá-lo. Tentei então transformar a sala em um jardim, colando algumas flores de EVA no chão. Montei um simples altar com imagens de Nossa Senhora para que essa combinação simbolizasse o Jardim de Maria.
O Terço com Flores trata-se de uma dinâmica onde o catequista ajuda o catequizando a aprender a rezar o terço e a saber a importância de cada Ave Maria que recitamos neles.
São feitas 53 flores pequenas da mesma cor (no meu terço representado pelas laranja, mas pode ser feita de outra cor), 6 flores maiores de outra cor ( no meu terço representado pelas vermelhas),ou pode se fazer um origami de tsuru como eu faço e uma pequena Cruz (nada impede de ser uma Cruz de madeira). Conforme se vai fazendo as orações vamos colando ou a Cruz ou uma flor.
Ao começar o terço cola-se a Cruz e reza-se o Creio e as outras orações que desejares, logo em seguida cola-se as três primeiras flores pequenas e reza-se as três primeiras Ave-Marias, cola-se então a primeira flor maior que representa o primeiro Mistério. Assim se prossegue o terço colando 10 flores pequenas e 1 grande até que se faça o terço completo.
Não esqueça de lembrar a importância de cada Ave Maria do terço, esse é o sentido do terço com flores.
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