Pois é...
A frustração tem me acompanhado constantemente nos últimos tempos. Por mais que eu busque formação, faça encontros diferentes, nada, nada mesmo parece que tira os adolescentes da inércia. O pior é que as famílias e a comunidade não acham importante uma educação continuada na fé. O coordenador e o pároco já me disseram que é besteira um Grupo de Perseverança.
O próprio coordenador ligou para os jovens que vão fazer 14 anos e transferiu-os para um grupo de crisma em andamento, sem me avisar, por que acabaram de receber a Primeira Eucaristia e o outro grupo tinha poucos jovens para crismar. De nada adiantou eu dizer que eles não tinham fé madura o suficiente para confirmá-la. Mas o que importa são números. Fazer o quê? Os adolescentes que ficaram, foram sumindo do grupo, no último encontro, apenas um apareceu. Uma grande tristeza me abateu.
Fico me perguntando se o problema está em mim, no meu jeito de lidar com eles, ou essa apatia nos adolescentes faz parte da sociedade atual, nas cidades grandes. Ou será que mesmo sem querer transmito para eles minha desesperança com a administração da minha paróquia?
Sinceramente, estou a ponto de desistir. Me sinto remando contra a maré. Todas as formações que eu participo, eu que pago; todos os livros de estudo que tenho, manuais, mapas, xérox, lembrancinhas, festinhas, tudo eu que banco. E no final, me dizem que um grupo de Perseverança não é importante, os pais não ligam se os filhos não participam, quando eles mesmos nem vão à missa, tudo que a gente fala, entra num ouvido e sai pelo outro, como disse um jovenzinho uma vez: “para ocupar a cabeça com outras coisas”. E agora, que rumo tomar?
Gislaine – Goiânia GO
Catequista de Perseverança
*Quem quer escrever para a Gislaine?
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